"Você nem sempre terás o que desejas, mas enquanto estiveres ajudando aos outros encontrarás os recursos de que precise." (Chico Xavier)
Oração Diante do Tempo
Senhor Jesus!
Diante do calendário que se renova, deixa que nos ajoelhemos
para implorar-te compaixão.
Tu que eras antes que fôssemos, que nos tutelastes, em nome do
Criador, na noite insondável das origens, não desvies de nós Teu
olhar, para que não venhamos a perder o adubo do sangue e das
lágrimas, oriundos das civilizações que morreram sob o guante
da violência!...
Determinaste que o Tempo, à feição de ministro silencioso de tua
justiça, nos seguisse todos os passos...
E, com os séculos, carregamos o pedregulho da ilusão, dele
extraindo o ouro da experiência.
Do berço para o túmulo e do túmulo para o berço, temos sido
senhores e escravos, ricos e pobres, fidalgos e plebeus.
Entretanto, em todas as posições, temos vivido em fuga constante
da verdade, à caça de triunfo e dominação para o nosso velho
egoísmo.
Na governança, nutríamos a vaidade e a miséria.
Na subalternidade, alentávamos o desespero e a insubmissão.
Na fortuna, éramos orgulhosos e inúteis.
Na carência, vivíamos intemperantes e despeitados.
Administrando, alongávamos o crime.
Obedecendo, atendíamos à vingança.
Resistíamos a todos os teus apelos, em tenebrosos labirintos de
opressão e delinquência, quando vieste ensinar-nos o caminho
libertador.
Não Te limitaste a crer na glória do Pai Celeste.
Estendeste-Lhe a incomparável bondade.
Não te circunscreveste à fé que renova.
Abraçaste o amor que redime.
Não te detiveste entre os eleitos da virtude.
Comungaste o ambiente das vítimas do mal, para reconduzi-las
ao bem.
Não te ilhaste na oração pura e simples.
Ofertaste mãos amigas às necessidades alheias.
Não te isolaste, junto à dignidade venerável de Salomé,
a venturosa mãe dos filhos de Zebedeu.
Acolheste a Madalena, possuída de sete génios sombrios.
Não consideraste tão-somente a Bartimeu, o mendigo cego.
Consagraste generosa atenção a Zaqueu, o rico necessitado.
Não apenas aconselhaste a fraternidade aos semelhantes.
Praticaste-a com devotamento e carinho, da intimidade do lar
ao sol meridiano da praça pública.
Não pregaste a doutrina do perdão e da renúncia exclusivamente
para os outros.
Aceitaste a cruz do escárnio e da morte, com abnegação e
humildade, a fim de que aprendessemos a procurar contigo
a divina ressurreição...
Entretanto, ainda hoje, decorridos quase vinte séculos sobre o Teu sacrifício, não temos senão lágrimas de remorso e arrependimento para fecundar o Seara de nossos corações...
Em Teu nome, discípulos infiéis que temos sido, espalhamos
nuvens de discórdia e crueldade nos horizontes de toda a Terra!
É por isso que o Tempo nos encontra hoje tão pobres e
desventurados como ontem, por desleais ao Teu Evangelho de
Redenção.
Não nos deixeis, contudo, órfãos de tua bênção...
No oceano encapelado das provações que merecemos,
a tempestade ruge em pavorosos açoites...
Nosso mundo, Senhor, é uma embarcação que estala aos golpes
rijos do vento.
Entre as convulsões da procela que nos arrasta e o abismo que
nos espreita, clamamos por Teu socorro!
E confiamos em que Te levantarás luminoso e imaculado sobre a
onda móvel e traiçoeira, aplacando a fúria dos elementos e
exclamando para nós, como outrora disseste aos discípulos
aterrados:
– “Homens de pouca fé, porque duvidastes?”.
Fonte: LIVRO: Cartas e Crónicas
Autor Espititual: Irmão X
Psicografada por: Médium: Francisco Cândido Xavier
Diante do calendário que se renova, deixa que nos ajoelhemos
para implorar-te compaixão.
Tu que eras antes que fôssemos, que nos tutelastes, em nome do
Criador, na noite insondável das origens, não desvies de nós Teu
olhar, para que não venhamos a perder o adubo do sangue e das
lágrimas, oriundos das civilizações que morreram sob o guante
da violência!...
Determinaste que o Tempo, à feição de ministro silencioso de tua
justiça, nos seguisse todos os passos...
E, com os séculos, carregamos o pedregulho da ilusão, dele
extraindo o ouro da experiência.
Do berço para o túmulo e do túmulo para o berço, temos sido
senhores e escravos, ricos e pobres, fidalgos e plebeus.
Entretanto, em todas as posições, temos vivido em fuga constante
da verdade, à caça de triunfo e dominação para o nosso velho
egoísmo.
Na governança, nutríamos a vaidade e a miséria.
Na subalternidade, alentávamos o desespero e a insubmissão.
Na fortuna, éramos orgulhosos e inúteis.
Na carência, vivíamos intemperantes e despeitados.
Administrando, alongávamos o crime.
Obedecendo, atendíamos à vingança.
Resistíamos a todos os teus apelos, em tenebrosos labirintos de
opressão e delinquência, quando vieste ensinar-nos o caminho
libertador.
Não Te limitaste a crer na glória do Pai Celeste.
Estendeste-Lhe a incomparável bondade.
Não te circunscreveste à fé que renova.
Abraçaste o amor que redime.
Não te detiveste entre os eleitos da virtude.
Comungaste o ambiente das vítimas do mal, para reconduzi-las
ao bem.
Não te ilhaste na oração pura e simples.
Ofertaste mãos amigas às necessidades alheias.
Não te isolaste, junto à dignidade venerável de Salomé,
a venturosa mãe dos filhos de Zebedeu.
Acolheste a Madalena, possuída de sete génios sombrios.
Não consideraste tão-somente a Bartimeu, o mendigo cego.
Consagraste generosa atenção a Zaqueu, o rico necessitado.
Não apenas aconselhaste a fraternidade aos semelhantes.
Praticaste-a com devotamento e carinho, da intimidade do lar
ao sol meridiano da praça pública.
Não pregaste a doutrina do perdão e da renúncia exclusivamente
para os outros.
Aceitaste a cruz do escárnio e da morte, com abnegação e
humildade, a fim de que aprendessemos a procurar contigo
a divina ressurreição...
Entretanto, ainda hoje, decorridos quase vinte séculos sobre o Teu sacrifício, não temos senão lágrimas de remorso e arrependimento para fecundar o Seara de nossos corações...
Em Teu nome, discípulos infiéis que temos sido, espalhamos
nuvens de discórdia e crueldade nos horizontes de toda a Terra!
É por isso que o Tempo nos encontra hoje tão pobres e
desventurados como ontem, por desleais ao Teu Evangelho de
Redenção.
Não nos deixeis, contudo, órfãos de tua bênção...
No oceano encapelado das provações que merecemos,
a tempestade ruge em pavorosos açoites...
Nosso mundo, Senhor, é uma embarcação que estala aos golpes
rijos do vento.
Entre as convulsões da procela que nos arrasta e o abismo que
nos espreita, clamamos por Teu socorro!
E confiamos em que Te levantarás luminoso e imaculado sobre a
onda móvel e traiçoeira, aplacando a fúria dos elementos e
exclamando para nós, como outrora disseste aos discípulos
aterrados:
– “Homens de pouca fé, porque duvidastes?”.
Fonte: LIVRO: Cartas e Crónicas
Autor Espititual: Irmão X
Psicografada por: Médium: Francisco Cândido Xavier
quarta-feira, 27 de abril de 2011
UMA GOTA D'ÀGUA
Você já parou, alguma vez, para observar uma gota d`água?
Sim, uma pequena gota d`água se equilibrando na ponta de um frágil raminho...
Com graciosidade a gotícula desafia a lei da gravidade, se balançando nas bordas das folhas ou nas pétalas de uma flor.
São gotas minúsculas, que enfeitam a natureza nas manhãs orvalhadas ou permanecem como pequenos diamantes líquidos, depois que a chuva se vai.
É por isso que um bom observador dirá que a vida seria diferente se não existissem gotas de água para orvalhar a relva e amenizar a secura do solo.
Madre Tereza de Calcutá foi uma dessas almas sensíveis.
Um dia, um jornalista que a entrevistava disse-lhe que, embora admirasse o seu trabalho junto aos pobres e enfermos, considerava que o que ela fazia, diante da imensa necessidade, era como uma gota d`água no oceano.
E aquela pequena sábia-mulher, lhe respondeu: “sim, meu filho, mas sem essa gota d`água o oceano seria menor.”
Sem dúvida uma resposta simples e extremamente profunda.
Pois sem os pequenos gestos que significam muito, a vida não seria tão bela...
Um aperto de mão, em meio à correria do dia-a-dia...
Um minuto de atenção a alguém que precisa de ouvidos atentos, para que não caia nas malhas do desespero...
Uma palavra de esperança a alguém que está à beira do abismo.
Um sorriso gentil a quem perdeu o sentido da vida.
Uma pequena gentileza diante de quem está preso nas armadilhas da ira.
O silêncio, frente à ignorância disfarçada de ciência...
A tolerância com quem perdeu o equilíbrio.
Um olhar de ternura para quem pena na amargura.
Pode-se dizer que tudo isso são apenas gotas d`água que se perdem no imenso oceano, mas são essas pequenas gotas que fazem a diferença para quem as recebe.
Sem as atitudes, aparentemente insignificantes, que dentro da nossa pequenez conseguimos realizar, a humanidade seria triste e a vida perderia o sentido.
Um abraço afetuoso, nos momentos em que a dor nos visita a alma...
Um olhar compassivo, quando nos extraviamos do caminho reto...
Um incentivo sincero de alguém que deseja nos ver feliz, quando pensamos que o fracasso seria inevitável...
Todas essas são atitudes que embelezam a vida.
E, se um dia alguém lhe disser que esses pequenos gestos são como gotas d`água no oceano, responda, como madre Tereza de Calcutá, que sem essa gota o oceano de amor seria menor.
E tenha certeza disso, pois as coisas grandiosas são compostas de minúsculas partículas.
Pense nisso!
Sem a sua quota de honestidade, o oceano da nobreza seria menor.
Sem as gotas de sua sinceridade, o mar das virtudes seria menor.
Sem o seu contributo de caridade, o universo do amor fraternal seria consideravelmente menor.
Pense nisso!
E jamais acredite naqueles que desconhecem a importância de um pequeno tijolo na construção de um edifício.
Lembre-se da minúscula gota d`água, que delicadamente se equilibra na ponta do raminho, só para tornar a natureza mais bela e mais romântica, à espera de alguém que a possa contemplar.
E, por fim, jamais esqueça que são essas mesmas pequenas e frágeis gotas d`água que, com insistência e perseverança conseguem esculpir a mais sólida rocha.
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Um comentário:
Lindo texto.
Nos chama a refletir se fazemos a nossa parte no mundo ou se por pensarmos que não adianta ficamos imoveis.
Vamos ser uma gota d'água e quem sabe de gota em gota mudamos as coisas.
Beijinhos
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